Os pesquisadores deixaram a ferramenta disponível em código aberto, para aqueles que tiverem interesse
Os bioengenheiros estão um passo mais próximo de conseguir imprimir órgãos e tecidos em 3D. No mês passado uma equipe de cientistas conseguiu fazer o primeiro coração em 3D usando células do próprio paciente. Agora, uma equipe liderada pela Rice University e pela Universidade de Washington desenvolveram uma tecnologia capaz de reproduzir redes vasculares complexas e “requintadamente entrelaçadas”.
Um dos maiores desafios do processo para os bioengenheiros durante anos foi descobrir uma maneira de obter nutrientes e oxigênio no tecido e como remover resíduos. Nossos corpos usam redes vasculares para fazer isso, mas tem sido difícil recriá-los em materiais macios e artificiais.
A nova ferramenta supera as dificuldades eao imprimir camadas finas de uma solução líquida pré-hidrogel, mas que fica sólida se exposta à luz azul. Isso permitiu que os cientistas criassem géis biocompatíveis com intrincada arquitetura interna similar às redes vasculares do corpo humano.
Os pesquisadores apoiaram-se em outras ferramentas de código aberto para conseguirem criar a ferramenta de impressão chamada de aparatos de estereolitografia para engenharia de tecidos (SLATE). E como um modo de retribuir, eles tornaram o SLATE um código aberto. Além disso, as descobertas foram publicadas na revista Science e todos os dados estão disponíveis para consulta do público.
Embora os pesquisadores digam que estamos apenas começando a entender as formas e as funções complexas das estruturas do corpo, eles esperam que a nova descoberta ajude a tornar os órgãos impressos em 3D uma opção viável em algum momento.
Adaptado de: Olhar Digital