A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu na última terça-feira (13) a atuação da Atlas Quantum no mercado de criptomoedas. A empresa trabalha com arbitragem automática e utiliza robôs para negociar e investir em ativos usando o a moeda digital, um produto que foi considerado pelo órgão como um Contrato de Investimento Coletivo (CIC) e precisaria passar por aprovação prévia.
Como a companhia não fez isso, a CVM acabou optando pela proibição, que é válida para todo o Brasil. A restrição também se aplica a todos os nomes usados pela Atlas Quantum, citados na decisão da comissão, e impõe multa diária de R$ 100 mil caso a empresa continue a prestar seus serviços ao público.
Na decisão, a comissão afirma que a Atlas Quantum oferecia aos clientes um investimento cuja remuneração estaria atrelada ao resultado dos esforços das empresas na negociação de criptoativos. Essa atuação, considerada como um Contrato de Investimento Coletivo, era anunciada por meio de redes sociais, site oficial e até mesmo anúncios que começaram a ser veiculados recentemente na TV aberta.
Em comunicado oficial emitido à imprensa, a Atlas Quantum disse ter cumprido a determinação da CVM e interrompido completamente a oferta pública de arbitragem no Brasil, bem como a publicidade direcionada ao serviço. Aos clientes, a empresa afirma que a distribuição de rendimentos, saques e depósitos continua funcionando normalmente.
Ainda, a companhia afirma que vai buscar as medidas necessárias para reverter a decisão e ajudar a construir um ambiente regulatório saudável aos investidores em criptomoedas, um mercado no qual a Atlas Quantum diz acreditar e que gera democratização da geração de patrimônio. A Atlas Quantum também se colocou à disposição dos clientes por meio de seus canais oficiais de atendimento.
Nova campanha de marketing estava pronta para ir a público
A proibição da CVM veio em um momento pouco propício para a Atlas Quantum. Isso porque a empresa investiu milhões de reais em uma nova campanha de marketing, incluindo aí a apresentação de uma nova marca. A ação seria lançada ao público entre setembro e outubro, mas, agora, deve ficar engavetada até que a resolução do problema citado acima seja resolvido.
Fonte: Canaltech