IBM fecha aquisição da Red Hat para servir a empresas com softwares legado

Foi aprovada, enfim, a aquisição da Red Hat, que oferece sistemas corporativos baseado em Linux, pela IBM pelo valor “módico” de US$ 34 bilhões (pouco mais de R$ 124 bilhões). O anúncio foi feito originalmente em outubro de 2018, mas dependia de aprovação dos órgãos de fiscalização e controle dos Estados Unidos.

A CEO da IBM, Ginni Rometty, disse em entrevista nesta terça (9) que, embora analistas acreditassem que a mudança do mercado para a nuvem levasse a uma espécie de “corrida” pela supremacia no setor, a união com a Red Hat será mais capacitada para servir a empresas grandes que ainda utilizam sistemas legado e que serão obrigadas a migrarem para ambientes múltiplos de nuvem, combinando-os com sistemas locais físicos.

A CEO da IBM, Ginny Rometty: executiva celebrou a aquisição da Red Hat, feita pela empresa (Imagem: Reprodução/Business Insider)

“Você precisa de uma nuvem híbrida. Você não pode simplesmente reconstruir tudo”, ela disse. “As grandes empresas estão aos poucos reconhecendo isso, de que a nuvem híbrida não é ‘um’ destino, mas sim ‘o’ destino”. A aquisição posiciona a IBM em rota de competição direta com outros players do mercado de nuvem, em especial o Amazon Web Services (AWS).

A Red Hat também celebrou a mudança, dizendo que essa aquisição lhe permitirá se aproximar de um número maior de empresas e clientes. “Se você observar o crescimento de nossa receita, ele acelerou desde que a aquisição foi anunciada. Nós já estamos identificando a confiança de nossos clientes no poder disso no futuro”, disse o CEO da Red Hat, Jim Whitehurst.

A Red Hat continuará operando como marca própria, agindo como subsidiária da IBM. Whitehurst segue como CEO, além de ganhar uma posição na equipe de gestão da IBM. Rometty disse que a aquisição trará mais poder às empresas que ela chama de “disruptores incumbentes”, ou seja, companhias que têm a capacidade de mudar o mercado como um todo.

Fonte: Canaltech