A primeira vez que a Xiaomi chegou ao Brasil foi em 2015. Na época, a fabricante trazia para o público brasileiro o Redmi 2 por R$ 500, a Mi Band por R$ 95 e a Mi Power Bank por R$ 100. No entanto, em 2016, a empresa anunciou a saída do país e, posteriormente, o executivo responsável pela operação da chinesa, Hugo Barra, anunciou que também estava saindo da empresa para apostar em outros negócios.
Agora, depois de muita especulação, a fabricante chinesa anunciou nesta terça-feira (21), desta vez sem a presença dos Mi Fãs (como rolou em 2015), que está voltando a operar no país.
A volta da Xiaomi ao Brasil fica nas mãos da DL, que seguirá como distribuidor oficial, cuidando da homologação dos produtos e também do pós-venda e do suporte técnico especializado. No entanto, neste momento, não haverá fabricação local.
Luciano Barbosa, diretor de produtos do Grupo DL e head do projeto “Xiaomi no Brasil”, reforça que não apenas smartphones da empresa serão vendidos por aqui, mas sim “centenas de produtos Xiaomi”. A garantia e assistência técnica locais funcionarão a nível nacional, mas a companhia diz que produtos que não forem adquiridos nos canais oficiais não terão garantia local – isso inclui, é claro, dispositivos importados.
De qualquer forma, a estratégia da Xiaomi para o Brasil aponta para um modelo adaptado ao público brasileiro. Ainda que essa parte não tenha ficado exatamente clara, eles citam que os produtos terão interface (MIUI) adaptada e também que recursos como o de reconhecimento facial foram aprimorados para o público nacional.
Barbosa reforça que a DL está otimista com a empreitada e que “o projeto será um sucesso em todas as plataformas de venda”. As opções da Xiaomi incluem, oficialmente, uma loja física oficial localizada em São Paulo, no Shopping Ibirapuera, em um espaço de 210m² com os variados produtos que serão comercializados no país.
Sete smartphones e dois preços por enquanto
Os variados produtos anunciados pela Xiaomi incluem relógios e pulseiras inteligentes, robôs de limpeza, escovas de dente elétricas, luminárias inteligentes e caixas de som, patinetes elétricos, fones de ouvido, mochilas, malas de viagem, câmeras 4K, câmeras de segurança e sensores de movimento, baterias portáteis e mais.
No entanto, dos sete smartphones anunciados no dia de hoje, dois ganharam destaque: o Mi 9, com Snapdragon 855 e câmeras potentes e o Redmi Note 7, com Snapdragon 660 e custo de R$ 1.699.
Os outros cinco aparelhos divulgados no evento ainda não tiveram seus preços divulgados, algo que deve acontecer nos próximos dias, segundo a empresa. São eles o Redmi Go, Redmi Note 6 Pro, Redmi 7, Mi 8 Lite e Pocophone F1.
É válido lembrar, porém, que dois destes smartphones já são comercializados em varejistas: o Pocophone F1 e o Redmi Note 6 Pro. Inclusive, foi anunciado que a Máquina de Vendas, que inclui a Ricardo Eletro, fazem parte das parceiras de varejo.
Atualmente, a Xiaomi é a quarta maior fabricante de smartphones do mundo e segue buscando expandir suas operações para novos mercados. No Brasil, a aposta de 2019 aparentemente é bem mais ambiciosa do que em 2015.
Barbosa, executivo que cuida diretamente da operação, diz que “essa é a oportunidade ideal para quem já conhece ou deseja experimentar a tecnologia Xiaomi”, embora esta seja uma disputa interessante: a Xiaomi é popularmente conhecida por aqui por importações, então nós só teremos mais respostas (e mais respostas concretas) nos próximos meses.
Adaptado de: Canaltech